segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Mitos, Deuses e Heróis - Zeus

Zeus e a Ascensão dos Deuses

Zeus ou Júpiter, dizem os poetas, é o pai, o rei dos deuses e dos homens; reina no Olimpo, e, com um movimento de sua cabeça, agita o universo. Ele era o filho de Réia e de Saturno que devorava a descendência à proporção que nascia. Já Vesta, sua filha mais velha, Ceres, Plutão e Netuno tinham sido devorados, quando Réia, querendo salvar o seu filho, refugiou-se em Creta, no antro de Dite, onde deu à luz, ao mesmo tempo, a Júpiter e Juno. Esta foi devorada por Saturno. O jovem Júpiter, porém, foi alimentado por Adrastéia e Ida, duas ninfas de Creta, que eram chamadas as Melissas; além disso Réia recomendou-o aos curetes, antigos habitantes do país. Entretanto, para enganar seu marido, Réia fê-lo devorar uma pedra enfaixada. As duas Melissas alimentaram Júpiter com o leite da cabra Amaltéia e com o mel do monte Ida de Creta.

Adolescente, Zeus se associou à deusa Metis, isto é, a Prudência. Foi por conselho de Metis que ele fez com que Saturno tomasse uma beberagem cujo efeito foi fazê-lo vomitar, em primeiro lugar a pedra e depois os filhos que estavam no seu seio.
Antes de tudo, com o auxílio de seus irmãos Netuno e Plutão, - Júpiter resolveu destronar seu pai e banir os Titãs, ramo rival que punha obstáculo à sua realeza. Predisse-lhe a Terra uma vitória completa, se conseguisse libertar alguns dos Titãs encarcerados por seu pai no Tártaro e os persuadir a combater por ele, coisa que empreendeu e conseguiu depois de haver matado Campe, a carcereira a quem estava confiada a guarda dos Titãs nos Infernos.
Foi então que os Ciclopes deram a Júpiter o trovão, o relâmpago e o raio, um capacete a Plutão, e a Netuno um tridente. Com essas armas, os três irmãos venceram Saturno, expulsaram-no do trono e da sociedade dos deuses, depois de o haverem feito sofrer cruéis torturas. Os Titãs que haviam auxiliado Saturno foram precipitados nas profundidades do Tártaro, sob a guarda dos Gigantes.
Depois dessa vitória, os três irmãos, vendo-se senhores do mundo, partilharam-no entre si: Júpiter teve o céu, Netuno o mar e Plutão os infernos. Mas à guerra dos Titãs sucedeu a revolta dos Gigantes, filhos do Céu e da Terra. De um tamanho monstruoso e de uma força proporcionada, eles tinham as pernas e os pés em forma de serpente, e alguns com braços e cinqüenta cabeças. Resolvidos a destronar Júpiter amontoaram o Ossa sobre o Pelion, e o Olimpo sobre o Ossa, desde onde tentaram escalar o céu. Lançavam contra os deuses rochedos, dos quais os que caíam no mar formavam ilhas, e montanhas os que rolavam em terra. Júpiter estava muito inquieto, porque um antigo oráculo dizia que os Gigantes seriam invencíveis, a não ser que os deuses pedissem o socorro de um mortal. Tendo proibido à Aurora, à Lua e ao Sol de descobrir os seus desígnios, ele antecipou-se à Terra que procurava proteger seus filhos; e pelo conselho de Palas, ou Minerva, fez vir Hércules que, de acordo com os outros deuses, o ajudou a exterminar os Gigantes Encelado, Polibetes, Alcioneu, Forfirion, os dois Aloidas, Efialtes e Oeto, Eurito, Clito, Titio, Palas, Hipólito, Ágrio, Taon e o terrível Tifon que, ele só, deu mais trabalho aos deuses do que todos os outros.
Depois de os haver derrotado, Júpiter precipitou-os no fundo do Tártaro, ou, segundo outros poetas, enterrou-os vivos em países diferentes. Encelado foi enterrado sob o monte Etna. É ele cujo hálito abrasado, diz Virgílio, exala os fogos do vulcão; quando tenta voltar-se, faz tremer a Sicília, e um espesso fumo obscurece a atmosfera. Polibetes foi sepultado sob a ilha de Lango, Oeto na de Cândia, e Tifon na de Isquia.
Segundo Hesíodo, Júpiter foi casado sete vezes; desposou sucessivamente Metis, Temis, Eurinome, Ceres, Mnemosine, Latona e Juno, sua irmã, que foi a última das suas mulheres.
Tomou-se também de amor por um grande número de simples mortais, que umas e outras lhe deram muitos filhos, colocados entre os deuses e semideuses.
A sua autoridade suprema, reconhecida por todos os habitantes do céu e da terra foi, no entanto, mais de uma vez contrariada por Juno, sua esposa. Ela ousou mesmo urdir contra ele uma conspiração dos deuses. Graças ao concurso de Tetis e a intervenção do terrível gigante Briareu, essa conspiração foi prontamente sufocada, e reentrou o Olimpo na eterna obediência.
Entre as divindades, Júpiter ocupava sempre o primeiro lugar, e o seu culto era o mais solene e o mais universalmente espalhado. Os seus três mais famosos oráculos eram os de Dodona, Líbia e de Trofônio. As vítimas que mais comumente se lhe imolavam eram a cabra, a ovelha e o touro branco com os cornos dourados. Não se lhe sacrificavam vítimas humanas; muitas vezes as populações se contentavam em lhe oferecer farinha, sal e incenso. A águia, que paira no alto dos céus e fende como o raio sobre a presa, era a sua ave favorita.





Referências: InfoEscola (http://www.infoescola.com/mitologia-grega/zeus/); Mundo dos Filosofos (http://www.mundodosfilosofos.com.br/zeus.htm).

domingo, 24 de agosto de 2014

Filósofos e Pensadores Gregos - Platão

O seguidor de Sócrates


Biografia

Platão  foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade. Ele nasceu em Atenas, por volta de 427/28, foi seguidor de Sócrates e mestre de Aristóteles. O nome pelo qual ficou conhecido era possivelmente um apelido, aparentemente ele se chamava Arístocles.
Este filósofo se encontrava no limiar de uma época, entre os valores antigos e um novo mundo que emergia, o que lhe propiciou uma riqueza de idéias sem igual. Ele tinha o poder de abordar os temas mais diversos, mais com a força da paixão e da criatividade artística do que com a lucidez da razão. Sua obra é um dos maiores legados da Humanidade, abrangendo debates sobre ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.

Ao contrário de Sócrates, que vinha de uma origem humilde, Platão era integrante de uma família rica, de antiga e nobre linhagem. Ele conheceu seu ilustre mestre aos vinte anos. Sócrates era bem mais velho, pelo menos quarenta anos separavam ambos, mas eles puderam desfrutar de oito anos de aprendizado conjunto. Platão teve acesso também, por meio de seu professor, aos ideais pré-socráticos. Com a morte de seu preceptor, o filósofo isolou-se, com outros adeptos das idéias socráticas, em Mégara, ao lado de Euclides.

Depois de viajar pela Magna Grécia e pela Sicília, Platão regressou a Atenas e fundou a Academia, que em breve se tornou conhecida e freqüentada por um grande número de jovens que vinha à procura de uma educação melhor. Até intelectuais consagrados acorriam a esta instituição para debater suas idéias. Depois de várias tentativas de difundir seus conceitos políticos em Siracusa, na Sicília, Platão se instala definitivamente em sua terra natal, na liderança da Academia, até sua morte, em 347 a.C.


Escrita e Filosofia Platônica

Dos filósofos da Antiguidade, Platão é o primeiro de quem se conhece a obra integral. Mas muitos de seus diálogos não são autênticos, embora supostamente assinados por ele. Seu estilo literário é o diálogo, uma espécie de ponte entre a oralidade fragmentária de Sócrates e a estética didática de Aristóteles. Nos escritos de Platão mesclam-se elementos mito-poéticos com fatores essencialmente racionais. Este filósofo não se guia pelo rigor científico, nem por uma metodologia formal.

Se por filosofia se entende um conjunto harmônico de teses ordenadas e coerentes então a filosofia de Platão não existe. O pensamento de Platão está sempre caminhando. Nada mais longe de sua mentalidade que a ordem e a coerência. Entretanto em um sentido mais amplo pode se falar de uma filosofia platônica se por filosofia se entende uma busca metódica do saber humano, Neste acepção menos rígida Platão tem uma filosofia própria e certamente das mais geniais que a história reconhece.

Em Platão a filosofia ganha contornos e objetivos morais, apresentando assim soluções para os dilemas existenciais. Esta práxis, porém, assume no intelecto a forma especulativa, ou seja, para se atingir a meta principal do pensamento filosófico, é preciso obter o aprendizado científico. O âmbito da filosofia, para Platão, se amplia, se estende a tudo que existe. Segundo o filósofo, o homem vivencia duas espécies de realidade – a inteligível e a sensível. A primeira se refere à vida concreta, duradoura, não submetida a mudanças. A outra está ligada ao universo das percepções, de tudo que toca os sentidos, um real que sofre mutações e que reproduz neste plano efêmero as realidades permanentes da esfera inteligível. Este conceito é concebido como Teoria das Idéias ou Teoria das Formas.

Segundo Platão, o espírito humano se encontra temporariamente aprisionado no corpo material, no que ele considera a ‘caverna’ onde o ser se isola da verdadeira realidade, vivendo nas sombras, à espera de um dia entrar em contato concreto com a luz externa. Assim, a matéria é adversária da alma, os sentidos se contrapõem à mente, a paixão se opõe à razão. Para ele, tudo nasce, se desenvolve e morre. O Homem deve, porém, transcender este estado, tornar-se livre do corpo e então ser capaz de admirar a esfera inteligível, seu objetivo maior. O ser é irresistivelmente atraído de volta para este universo original através do que Platão chama de amor nostálgico, o famoso eros platônico.

Frases e Pensamentos


"Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado."

"Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo."

"O livro é um mestre que fala mas que não responde."

"A paz do coração é o paraíso dos homens."


Referências: Pensador UOL (http://pensador.uol.com.br/autor/platao/);
 História da filosofia (http://historiadafilosofia.wordpress.com/tag/filosofia-platonica/);
InfoEscola (http://www.infoescola.com/filosofos/platao/).


Democracia Grega - A Ágora

Ágora Grega


Após a conhecida "Idade das Trevas" (1150 a.C - Séc. XIII a.C.), a sociedade grega passa por diversas mudanças em sua politica, democracia e desenvolvimento,  tornando-se cada vez mais complexa. E os centros da Pólis se tornam as praças públicas, as chamadas ágoras.

Na Ágora eram discutidos e debatidos assuntos a cerca da politica, defesa, democracia, obras públicas, justiça, leis (etc..), com a relação a cidade. Também era utilizada para fins religiosos, sendo sede de eventos, cerimonias. E era um centro econômico, sendo um local de encontro de comerciantes e mercadores.

Para ter acesso a esse local era necessário ser cidadão, ou seja, ser do sexo masculino, adulto que não estrangeiro ou escravo

A ágora teve grande papel e importância para o desenvolvimento da politica, da filosofia e democracia grega e global.


Referencias: http://brainly.com.br/tarefa/48975; Sua Pesquisa (http://www.suapesquisa.com/o_que_e/agora.htm)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Mitos, Deuses e Heróis - Hércules

Hércules



Hércules era filho de Júpiter e Alcmena. Como Juno era sempre hostil aos filhos de seu marido com mulheres mortais, declarou guerra a Hércules desde o seu nascimento. Mandou duas serpentes matá-lo em seu berço, mas a precoce criança estrangulou-as com suas próprias mãos. Pelas artes de Juno, contudo, ele ficou sujeito a Euristeus e obrigado a executar todas as suas ordens. Euristeus impôs-lhe a realização de façanhas perigosíssimas, que ficaram conhecidas como "Os Doze Trabalho de Hércules". A primeira foi a luta contra o leão de Neméia. A fera causava devastações no vale daquele nome e Euristeus ordenou a Hércules que lhe trouxesse a pele do monstro. Depois de utilizar, em vão, de sua clava e de setas contra o leão, Hércules estrangulou-o com as próprias mãos. Voltou levando nos ombros o leão morto, mas Euristeus ficou tão amedrontado à vista daqueles despojos, e da prova da força prodigiosa do héroi, que lhe ordenou que, dali em diante, prestasse conta de suas façanhas fora da cidade.

O trabalho seguinte foi a matança da hidra de Lerna. Esse monstro devastava a região de Argos e habitava um pântano perto do povo de Amione. Esse poço fora descoberto por Amione, quando a seca devastava a região e Netuno, que a amava, deixara-a tocar na rocha com seu tridente e três nascentes surgiram dali. A hidra escolheu para moradia aquele local e Hércules foi mandado matá-la. O monstro tinha nove cabeças, sendo a do meio imortal. Hércules esmagava essas cabeças com sua clava, mas, em lugar da cabeça destruída, nasciam duas outras de cada vez. Afinal, com a ajuda de seu fiel servo Iolaus, o semideus queimou as cabeças da hidra e enterrou a nona, a imortal, sob um enorme rochedo.

Outro trabalho de Hércules foi a limpeza das cavalariças de Áugias, rei da Élida, que possuía um rebanho de três mil bois, havendo trinta anos que não eram limpos os estábulos. Hércules desviou os cursos dos rios Alfeu e Peneu, para atravessá-los, fazendo a limpeza em um dia. O trabalho seguinte foi de natureza mais delicada. Admeta filha de Euristeus, desejava ardentemente possuir um cinto da rainha das Amazonas, e Euristeus ordenou a Hércules que o fosse buscar. As amazonas constituíam uma nação de mulheres muito belicosas, que possuíam diversas cidades fluorescentes. Tinham o costume de criar apenas as crianças do sexo feminino; os meninos eram mandados para os países vizinhos, ou mortos. Hércules partiu acompanhado por um certo número de voluntários e, depois de várias aventuras, chegou ao país das Amazonas. Hipólita, a rainha, acolheu-o benevolentemente e concordou em entregar-lhe o cinto, mas Juno, tomando a forma de uma amazona, convenceu as demais que os estrangeiros estavam raptando sua rainha. Elas armaram-se imediatamente e atacaram o navio. Hércules, julgando que Hipólita tivesse agido traiçoeiramente, matou-a e, levando o cinto, fez a viagem de volta. Outra tarefa que Hércules foi incumbido foi a de levar a Euristeus os bois de Gerião, monstro de três corpos que vivia na Ilha de Eritéia (a vermelha), assim chamada porque ficava situada a oeste, sob os raios do sol poente. Acredita-se que se tratava da Espanha. Gerião era o rei do país. Depois de atravessar vários países, Hércules chegou, afinal a fronteira da Líbia e Europa, onde ergueu as duas montanhas de Calpe e Ábila, como lembrança de sua passagem, ou, de acordo como outra versão, abriu uma montanha pelo meio, formando entre elas o Estreito de Gilbratar. As duas montanhas foram denominadas Colunas de Hércules. Os bois estavam guardados pelo gigante Eurítion e seu cão de duas cabeças, mas Hércules matou o gigante e o cão, e levou bois para Euristeus.

O trabalho mais difícil foi o de colher os pomos de ouro das Hespérides, pois Hércules não sabia onde encontrá-los. Eram as maças que Juno recebera, por ocasião de seu casamento, das deusas da terra e que confiara à guarda das filhas de Héspero, ajudadas por um vigilante dragão. Depois de várias aventuras, Hércules chegou aos Montes Atlas, na África. Atlas era um dos titãs que fizeram guerra aos deuses e, depois da derrota, fora condenado a sustentar nos ombros o peso do céu. Era o pai das Hespérides, e Hércules pensou que se alguém estava em condições de encontrar as maçãs, seria ele. Como poderia, porém, afastá-lo de seu posto ou sustentar o peso do céu, durante sua ausência?
Hércules sustentou o firmamento nos próprios ombros e mandou Atlas procurar as maças. O titã voltou com os frutos de ouro e, embora com alguma relutância, reassumiu seu posto e deixou Hércules voltar para fazer a entrega do pomos de ouro à Euristeus.
   Milton, no "Comus", refere-se às Hespérides como filhas de Héspero e sobrinha de Atlas:
    ...em meios dos jardins formosos
    De Héspero e suas três formosas filhas
    Que cantam junto à árvore de ouro.

Os poetas, levados pela analogia do lindo aspecto do céu no oeste, ao sol poente, no crepúsculo, imaginavam o Ocidente como uma região de brilho e limpeza, ali colocando as Ilhas Afortunadas, a vermelha Ilha Eritéia, na qual pastavam os bois de Gerião, e a Ilha das Hespérides. Supõe-se que as maçãs douradas eram as laranjas da Espanha, sobre quais os gregos teriam informações incompletas. Uma celebrada façanha de Hércules foi sua vitória sobre Anteu, filho da Terra, poderoso gigante e lutador cuja força era invencível, enquanto estivesse em contato com a Terra, sua mãe. Anteu obrigava todos os estrangeiros que apareciam em seu país a lutar com ele, com a condição de que, se fossem vencidos (como sempre eram), seriam mortos. Hércules enfrentou-o e, verificando que não adiantava lançá-lo ao solo, pois ele sempre se levantava com redobrado vigor, depois de cada queda, ergue-o no ar e estrangulou-o. Caco era um enorme gigante, que habitava uma caverna do Monte Aventino e devastava a região vizinha. Quando Hércules levava de volta os bois de Gerião, Caco furtou uma parte do gado, enquanto o herói dormia. A fim de que as pegadas dos animais não pudessem revelar para onde eles haviam sido levados, Caco os arrastou pela cauda para sua caverna, de sorte que as pegadas davam a impressão de que os bois haviam seguido na direção oposta. Hércules teria sido iludido por esse estratagema, se não tivesse passado, com o resto do rebanho, diante da caverna onde os animais furtado estavam escondidos. Os bois puseram-se a mugir e foram descobertos. Caco foi morto por Hércules.

A última façanha de Hércules que mencionaremo foi a de ter trazido Cérbero do mundo dos mortos para a terra, Hércules desceu ao Hades, acompanhado de Mercúrio e Minerva, e obteve a licença de Plutão para levar Cérbero ao mundo superior, contanto que conseguisse fazê-lo sem se valer de armas. A despeito da resistência do monstro, Hércules agarrou-o, subjulgou-o e levou-o até Euristeus, conduzindo-o de volta em seguida. No Hades, obteve a libertação de Teseu, seu admirador e imitador, que fora aprisionado durante uma tentativa malsucedida de raptar Prosérpina. Num ímpeto de loucura, Hércules matou seu amigo Ifitus e foi condenado, por esse delito, a tornar-se escravo da Rainha Onfale, durante três anos. Durante esse tempo, a natureza do herói modificou-se. Ele tornou-se efeminado, usando, às vezes, vestes femininas e tecendo lã com as servas de Onfale, enquanto a rainha usava sua pele de leão. Terminada a pena, Hércules desposou Dejanira, com a qual viveu em paz durante três anos. Numa certa ocasião em que viajava em companhia da esposa, os dois chegaram a um rio, através do qual o centauro Néssus de transportar Dejanira. O centauro tentou fugir com ela, mas Hércules, ouvindo seus gritos, lançou uma seta no coração de Néssus. Moribundo, o centauro disse a Dejanira para recolher uma porção de seu sangue e guardá-la, pois serviria de feitiço para conservar o amor do marido. Dejanira assim o fez, e não passou muito tempo antes de ter idéia de se utilizar e antes que se passasse muito tempo chegou uma ocasião de se utilizar e antes que passasse muito tempo chegou a ocasião de se utilizar do recurso. Em uma de suas expedições vitoriosas, Hércules aprisionara uma linda donzela, chamada Iole, por quem parecia estar muito mais interessado do que Dejanira achava razoável. Quando ia oferecer sacrifícios aos deuses, em honra de sua vitória, Hércules mandou pedir à esposa uma túnica branca, para usar na cerimônia. Dejanira, achando a ocasião oportuna para experimentar o feitiço, embebeu a túnica no sangue de Néssus. Naturalmente, teve o cuidado de eliminar os sinais de sangue, mas o poder mágico permaneceu e, logo que a túnica se aqueceu ao contato de Hércules, o veneno penetrou em seu corpo, provocando-lhe terríveis dores. Frenético, Hércules agarrou Licas, que levara a túnica fatal, e atirou-o ao mar. Ao mesmo tempo, procurava arrancar do corpo a túnica envenenada, mas esta saía com pedaços de sua carne, em que se colara. Nesse estado, ele foi levado para casa num barco. Ao ver o que fizera involuntariamente, Dejanira enforcou-se. Preparando-se para morrer, Hércules subiu ao Monte Eta, onde construiu uma pira funerária de árvores, deu o arco e as setas a Filoctetes e deitou-se na pira, apoiando a cabeça na clava e cobrindo-se com a pele do leão. Com a fisionomia tão serena, como se estivesse à mesa de um festim, mandou que Filoctetes aplicasse a tocha à pira. As chamas espalharam-se e, em pouco, envolveram tudo.


      Milton assim alude ao desespero de Hércules:
      Foi assim, quando Alcides vitorioso,
      Da venenosa túnica, no corpo,
      Os efeitos sentido, desvairado,
      Os pinheiros tessálios arrancou
      Pelas raízes e, do cume do Etna,
      Licas tirou para lançá-la ao mar.


Os próprios deuses sentiram-se perturbados ao verem o fim do herói terrestre, mas Júpiter, com fisionomia jovial, assim dirigiu a eles:
      - Sinto-me satisfeito ao ver vossas fisionomias, meus príncipes, e feliz ao perceber que sou rei de súditos leais e que me filho goza de vossa simpatia. Se bem que vosso interesse por ele provenha de seus nobres feitos, isto não é menos grato para mim, Posso vos dizer, porém, que não há motivos para temor. Aquele que venceu tudo mais não será vencido por aquelas chamas que vedes crepitar no Monte Eta. Apenas pode perecer sua parte materna; o que ele recebeu de mim é imortal. Eu o trarei morto para a terra, até as praias celestes, e peço-vos que os recebais com benevolência. Se algum de vós se sente ofendido pelo fato de ele haver conquistado essa honra, ninguém poderá, porém, negar que ele a merece.

Os deuses deram o seu consentimento, Juno ouviu com certa contrariedade as últimas palavras, que lhe eram dirigidas em particular, mas não bastante para lamentar a resolução do marido. Assim, quando as chamas consumiram a parte materna de Hércules, a parte divina, em vez de ser afetada, percebeu maior vigor, assumir um porte mais altivo e maior dignidade, Júpiter envolveu-o numa nuvem e levou-o num carri puxado por quatro cavalos para morar entre as estrelas. E, quando Hércules tomou seu lugar no céu, Atlas sentiu aumentar o peso do firmamento.
 Juno, reconciliada com ele, deu-lhe sua filha Hebe em casamento.



Referência: O livro de ouro da mitologia - Histórias de deuses e heróis / Autor: Thomas Bulfinch

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Filósofos e Pensadores Gregos - Sócrates

A Filosofia Socrática

Biografia

Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 aC, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza  da alma humana.
Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.
Conhecemos seus pensamentos e ideias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos.


A Filosofia Socrática

"Conhece-te a ti mesmo" e "Sei que nada sei" são duas expressões que ninguém no pensamento ocidental jamais duvidou que fossem de Sócrates. Com elas, o homem, a Ética e o conhecimento surgem como as questões centrais da filosofia. E, desde Aristóteles, também ninguém constesta a pergunta socrática por excelência seja : "o que é...?"
Indo consultar o oráculo de Delfos, Sócrates ouve a voz (interior) do daímon, que lhe transmite a mensagem de Apolo :"Sócrates é o homem mais sábio entre os homens". Espantado, Sócrates procura os homens que julgava sábios (políticos e poetas, cuja função é ensinar e guiar os outros), consulta-os para que lhe digam o que é a sabedoria. Descobre, porém, que a sabedoria deles era nula. Compreende, então, o que daímon, lhe diz: "Agora já sabes por que és o mais sábio de todos os homens". Sócrates compreende, enfim, que nenhum homem sabe verdadeiramente nada, mas o sábio é aquele que reconhece isso. O início da sabedoria é, pois, "sei que nada sei".


O método socrático

O que diferenciava Sócrates dos sofistas, segundo Platão, era a tentativa de ultrapassar o relativismo e de alcançar a certa verdade absoluta, que permitisse a superação do desmoronamento crítico da política, da religião e da linguagem levado ao cabo pelos sofistas. Sócrates desmontava opniões que habitavam a mente de seus interlocutores para conduzi-los à reflexão e à elaboração de ideias com base racional sólida.

Na época Sócrates a tragédia grega conheceu grande desenvolvimento. E a essência dessa tragédia é uma espécie de teatro filósofo, no qual o mundo se faz presente sob um manto de ambiguidade e controvérsia. Por isso, tudo é discutível. Sob cada "presença" ou "aparência" pode-se encontrar um ser diferente do apresentado.

Essa oposição ser/não ser, verdadeiro/falso, realidade/aparência, opnião/saber, que constituía o mundo intelectual de Sócrates e dos sofistas, também aparece nas obras de Ésquilo, de Sócrates, de Eurípides. Esse jogo de equívocos que determina a tragédia e seus personagens (Édipo, Jocasta, Agamenon, Electra e Antígona, entre outros) marca a tensão do conhecimento, a dialética que une e desune as ideias dos personagens dos diálogos platônicos.


A Ética Socrática

O objetivo de Sócrates, segundo alguns autores, era educar o homem ( grego) a partir da constante busca e exercício do Bem, que dentro de uma cidade seria o Bem coletivo, a Justiça. Esse exercício e busca era chamado de areté, a excelência humana, a virtude.
A tradição grega ensina que os heróis eram aristoi, os melhores. Entretanto, as excelentes qualidades que possuíam deviam-se a seu nascimento, a dons especias dados como presente pelos deuses.
O questionamento de que a virtude pode ser aprendida como a matemática foi levantada devido as mudanças politicas e sociais do século V a.C.
Esse questionamento juntamente as ideias Sofistas moldou em Sócrates uma nova moral. Essa moral se construía em função da solidariedade e, principalmente da racionalidade.
A inteligencia, o bom senso e a harmonia dos desejos são as bases dessa sabedoria ética, baseada na experiencia concreta dos homens. Portanto, uma virtude que tem como fundamento a racionalidade pode, em consequência, ser ensinada.
Fontes: Dos pré-socráticos a Aristóteles  Marilena Chaui; Sua pesquisa (http://www.suapesquisa.com/socrates/); História da Filosofia- Enciclopédia do estudante.

Democracia Grega - A Pólis

A Formação da Pólis Grega


No desenvolvimento da civilização grega, notamos que vários estudiosos destacam o surgimento da pólis como uma das mais importantes experiências desenvolvidas em toda a Antiguidade. Em sua compreensão mais simples, a pólis corresponde às diversas Cidades-Estado que se formaram no território grego entre o final do Período Homérico e o desenvolvimento do Período Arcaico. Contudo, como foi possível que esse tipo de organização social e política existisse?
A princípio, o Período Homérico (XII a.C. – VIII a.C.) ficou conhecido pela formação das chamadas comunidades gentílicas. Estas consistiam em pequenas unidades agrícolas autossuficientes, nas quais todas as riquezas eram produzidas de forma coletiva. À frente desse grupo tínhamos o pater, uma espécie de patriarca que determinava a organização das ações administrativas, judiciárias e religiosas a serem desempenhadas por todos que compartilhavam aquele mesmo espaço.
Com o passar do tempo, a falta de terras e o uso de técnicas de plantio pouco avançadas estabeleceram um crescimento populacional maior que a produção agrícola das comunidades gentílicas. Desse modo, a caráter coletivo dos genos foi perdendo espaço para outro tipo de configuração social. Paulatinamente, os membros mais próximos ao pater passaram a integrar uma restrita classe de proprietários de terras que eram subordinados aos outros integrantes da comunidade.
Nesse novo momento, os parentes mais próximos do pater se transformaram nos integrantes da classe dos Eupátridas, termo grego que significava o mesmo que “bem-nascido”. Logo em seguida, temos osGeorgoi (“agricultores”), que formavam a classe de pequenos proprietários de terras ainda existentes. Por fim, no estrato mais baixo dessa formação social, estavam os Thetas (“marginais”), que não tinham qualquer tipo de propriedade agrícola.
Mais do que controlar a posse da terra, os Eupátridas também organizaram os instrumentos e instituições responsáveis pelas decisões políticas, as manifestações religiosas e todas as outras manifestações que reafirmassem o poder dessa classe dirigente. Temos de tal modo, a organização de uma aristocracia que se organizava a partir da maior riqueza daqueles tempos: a terra.
Na medida em que a propriedade da terra estabelecia disputas de poder, vemos que alguns genos passaram a se mobilizar em defesa de seus territórios. Tínhamos assim, a formação das fratrias, que eram formadas como meio de preservação das terras. Com o passar do tempo, as fratrias também se uniriam coletivamente para a organização das tribos, que também desempenhavam – em uma escala mais ampla – a defesa das terras dos genos pertencentes a uma determinada região.
A partir do momento que as demandas políticas dessas comunidades se tornavam cada vez mais recorrentes, vemos que essas associações de cunho militar passar a ter outro significado. O agrupamento das tribos e a influência dos Eupátridas determinaram a formação das primeiras Cidades-Estado, ou seja, as pólis gregas. Em muitas dessas pólis, vemos que a povoação se desenvolvia em torno da acrópole. Situada no ponto mais alto da cidade, esse espaço congregava os palácios e templos de uma pólis.
Por meio da criação da pólis, não determinamos somente o estabelecimento de uma aristocracia responsável pelo destino político de toda uma população. Sob o ponto de vista histórico, a formação das pólis instituiu um espaço em que diferentes formas de organização políticas foram criadas e desenvolvidas. Ao racionalizar a vida em sociedade, a pólis abre caminho para outros tipos de experiência política.

Mitos, Deuses e Heróis - Idades Mitológicas

Idades Mitológicas

O livro de Ouro da Mitologia sobre as Idades Mitologicas:
Estando assim povoado o mundo, seus primeiros tempos constituíram uma era de inocência e ventura, chamada a Idade de Ouro. Reinavam a verdade e a justiça, embora não impostas pela lei, e não havia juízes para ameaçar ou punir. As florestas ainda não tinham sido despojadas de suas árvores para fornecer madeira aos navios, nem os homens haviam construído fortificações em torno de suas cidades. Espadas, lanças ou elmos eram objetos desconhecidos. A terra produzia tudo necessário para o homem, sem que este se desse ao trabalho de lavrar ou colher. Vicejava uma primavera perpétua, as flores cresciam sem sementes, as torrentes dos rios eram de leite e de vinho, o mel dourado escorria dos carvalhos.

Seguiu-se a Idade de Prata, inferior à de Ouro, porém melhor do que a de Cobre. Júpiter reduziu a primavera e dividiu o ano em estações. Pela primeira vez o homem teve de sofrer os rigores do calor e do frio, e tornaram-se necessárias as casas. As primeiras moradas foram as cavernas, os abrigos das árvores frondosas e cabanas feitas de hastes. Tornou-se necessário plantar para colher. O agricultor teve de semear e de arar a terra, com ajuda do boi.

Veio, em seguida, a Idade de Bronze, já mais agitada e sob a ameaça das armas, mas ainda não inteiramente má. A pior foi a Idade do Ferro. O crime irrompeu, como uma inundação; a modéstia, a verdade e a honra fugiram, deixando em seus lugares a fraude e a astúcia, a violência e a insaciável cobiça. Os marinheiros estenderam as velas aos ventos e as árvores foram derrubadas nas montanhas para servir de quilhas dos navios e ultrajar a face do oceano. A terra, que até então fora cultivada em comum, começou a ser dividida entre os possuidores. Os homens não se contentaram com o que produzia a superfície: escavou-se então a terra e tirou-se do seu seio os minérios e metais. Produziu-se o danoso ferro e o ainda mais danoso ouro. Surgiu a guerra, utilizando-se de um e de outro como armas; o hóspede não se sentia em segurança em casa de seu amigo; os genros e sogros, os irmãos e irmãs, os maridos e mulheres não podiam confiar uns nos outros. Os filhos desejavam a morte dos pais, a fim de lhes herdarem a riqueza; o amor familiar caiu prostrado. A terra ficou úmida de sangue, e os deuses a abandonaram, um a um, até que ficou somente Astréia, que, finalmente, acabou também partindo.

Fonte: O livro de ouro da Mitologia; Thomas Bulfinch

Mitos, Deuses e Heróis - A criação

A criação 


Segundo o Livro de Ouro da Mitologia, Thomas Bulfinch, a criação do mundo é um problema que, muito naturalmente , desperta a curiosidade do homem, seu habitante. Os antigos pagãos, que não dispunham, sobre o assunto, das informações de que dispomos, procedentes das Escrituras, tinham sua própria versão sobre o acontecimento era a seguinte:
Antes de serem criados os céus, o mar e a terra, tudo se apresentava em um aspecto a qual foi chamado de Caos- uma massa sem forma e confusa, mero peso morto, onde estava a semente de todas as coisas. A terra, o mar e o ar eram todos misturados, assim a terra não era sólida, nem o mar liquido, nem o ar transparente. Deus e a Natureza interviram, e finalmente puseram fim a essa discórdia, separando a terra do mar, e o mar dos ares.
Sendo a parte ígnea a mais leve, espalhou-se e formou o firmamento; o ar colocou-se em seguida, no que diz respeito ao peso e ao lugar. A terra, sendo a mais pesada, ficou para baixo, e a água ocupou o ponto inferior, fazendo-a flutuar.
Nesse ponto, um deus — não se sabe qual — tratou de empregar seus bons ofícios para arranjar e dispor as coisas na Terra. Determinou aos rios e lagos seus lugares, levantou montanhas, escavou vales, distribuiu os bosques, as fontes, os campos férteis e as áridas planícies, os peixes tomaram posse do mar, as aves, do ar e os quadrúpedes, da terra.
Tornara-se necessário, porém, um animal mais nobre, e foi feito o Homem. Não se sabe se o criador o fez de materiais divinos, ou se na Terra, há tão pouco tempo separada do céu, ainda havia algumas sementes celestiais ocultas. Prometeu tomou um pouco dessa terra e, misturando-a com água, fez o homem à semelhança dos deuses. Deu-lhe o porte erecto, de maneira que, enquanto os outros animais têm o rosto voltado para baixo, olhando a terra, o homem levanta a cabeça para o céu e olha as estrelas.
Prometeu era um dos titãs, uma raça gigantesca, que habitou a Terra antes do homem. Ele e seu irmão Epimeteu foram incumbidos de fazer o homem e assegurar-lhe, e aos outros animais, todas as faculdades necessárias à sua preservação. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu, de examiná-la, depois de pronta. Assim, Epimeteu tratou de atribuir a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro etc. Quando, porém, chegou a vez do homem, que tinha de ser superior a todos os outros animais, Epimeteu gastara seus recursos com tanta prodigalidade que nada mais restava. Perplexo, recorreu a seu irmão Prometeu, que, com a ajuda de Minerva, subiu ao céu e acendeu sua tocha no carro do sol, trazendo o fogo para o homem. Com esse dom, o homem assegurou sua superioridade sobre todos os outros animais. O fogo lhe forneceu o meio de construir as armas com que subjugou os animais e as ferramentas com que cultivou a terra; aquecer sua morada, de maneira a tornar-se relativamente independente do clima, e, finalmente, criar a arte da cunhagem das moedas, que ampliou e facilitou o comércio. A mulher não fora ainda criada. A versão (bem absurda) é que Júpiter a fez e enviou-a a Prometeu e a seu irmão, para puni-los pela ousadia de furtar o fogo do céu, e ao homem, por tê-lo aceito.
 A primeira mulher chamava-se Pandora. Foi feita no céu, e cada um dos deuses contribuiu com alguma coisa para aperfeiçoá-la. Vênus deu-lhe a beleza, Mercúrio, a persuasão, Apolo, a música etc. Assim dotada, a mulher foi mandada à Terra e oferecida a Epimeteu, que de boa vontade a aceitou, embora advertido pelo irmão para ter cuidado com Júpiter e seus presentes. Epimeteu tinha em sua casa uma caixa, na qual guardava certos artigos malignos, de que não se utilizara, ao preparar o homem para sua nova morada. Pandora foi tomada por intensa curiosidade de saber o que continha aquela caixa, e, certo dia, destampou-a para olhar. Assim, escapou e se espalhou por toda a parte uma multidão de pragas que atingiram o desgraçado homem, tais como a gota, o reumatismo e a eólica, para o corpo, e a inveja, o despeito e a vingança, para o espírito. Pandora apressou-se em colocar a tampa na caixa, mas, infelizmente, escapara todo o conteúdo da mesma, com exceção de uma única coisa, que ficara no fundo, e que era a esperança. Assim, sejam quais forem os males que nos ameacem, a esperança não nos deixa inteiramente; e, enquanto a tivermos, nenhum mal nos torna inteiramente desgraçados.




Fonte: O livro de ouro da Mitologia; Thomas Bulfinch

Democracia Grega - Visão Geral

               SOCIEDADES CLÁSSICAS

  1. Grécia
  2. Cidadania - Restrita
  3. Política
  4. Democracia

                               Política - Cidades-Estados

  1. Atenas
  2. Esparta 

  • Origem Histórica
  • Democracia Antiga x Democracia Moderna
  • Conceito - complexo e não linear
  • Classificação : Direta/Indireta/Semidireta

                       A palavra democracia vem do grego:

                      Demos:Povo                                                             Kratos: Poder;Autoridade
                    
                     Significa poder do povo. Não quer dizer governo pelo povo. Pode estar no governo uma só pessoa, ou um grupo, e ainda tratar-se de uma democracia - desde que o poder seja do povo.

  • Para Aristóteles era forma de governo;
  • Para Montesquieu qualidade da república;                



  • Sentido formal ou estrito
  •  É um sistema de organização política em que a direção geral dos interesses coletivos compete à maioria do povo, segundo covenções e normas jurídicas que asseguram a participação dos cidadãos a formação do governo.

  • Sentido substancial ou amplo
  •  É um ambiente, uma ordem constitucional que se baseia no reconhecimento e na garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana.

  • A Democracia teve origem na Grécia Antiga
  •  O regime de governo democrático originou-se em Atenas, conhecendo seu apogeu no Século V a.C. Tratava-se precisamente de um regime em que o "povo" se manifestava diretamente, reunindo-se e votando em assembléias, para tomar as decisões a respeito da vida da sua cidade.

  • O complexo governo de Atenas pode ser resumido da seguinte maneira:
  •  Uma Assembléia a que todos aqueles que eram considerados cidadãos podiam participar, e lá eram tomadas as principais decisões públicas.

  • Imaginemos o que é uma pólis grega:
  •  Uma assembléia a cada nove dias. A Democracia Clássica era direta, ou seja, a cada semana e meia, o povo de Atenas se reunia e decidia todo tipo de questão.