segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Roma - Política

Política do Pão e Circo

política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
Com a sua gradual expansão, o Império Romano  tornou-se um estado rico, cosmopolita, e sua capital, Roma, tornou-se o centro de praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e culturais na época de seu auge. Isso fez naturalmente com que a cidade se expandisse, com gente vindo das mais diferentes regiões em busca de uma vida melhor. Como acontece até hoje em qualquer parte do mundo, pessoas humildes e de poucas condições financeiras iam se acotovelando nas periferias de Roma, em habitações com conforto mínimo, espaço reduzido, de pouco ou nenhum saneamento básico, e que eram exploradas em empregos de muito trabalho braçal e pouco retorno financeiro.
Esses ingredientes, em qualquer sociedade são perfeitos para detonarem revoltas sociais de grandes dimensões. Para evitar isso, os imperadores optaram por uma solução paliativa, que envolvia a distribuição de cereais, e a promoção de vários eventos para entreter e distrair o povo dos problemas mais sérios na fundação da sociedade romana.
Assim, nos tempos de crise, em especial no tempo do Império, as autoridades acalmavam o povo com a a construção de enormes arenas, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores, animais ferozes, corridas debigas, quadrigas, acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços, artistas de teatro e corridas de cavalo. Outro costume dos imperadores era a distribuição de cereais mensalmente no Pórtico de Minucius. Basicamente, estes "presentes" ao povo romano garantia que a plebe não morresse de fome e tampouco de aborrecimento. A vantagem de tal prática era que, ao mesmo tempo em que a população ficava contente e apaziguada, a popularidade do imperador entre os mais humildes ficava consolidada.
Para os espetáculos eram reservados aproximadamente 182 dias no ano (para cada dia útil havia um ou dois dias de feriado). Os espetáculos que foram se desenvolvendo em cada uma dessas férias romanas, tinham sua origem na religião. Os romanos nunca deixavam de cumprir as solenidades, porém não mais as compreendiam e os festejos foram deixando de ter um caráter sagrado e passando a saciar somente os prazeres de quem os assistia.

Fonte: http://www.infoescola.com/historia/politica-do-pao-e-circo/

Roma - Religiosidade

Religião



O cidadão romano tinha uma atitude prática com relação à religião, e acreditava que os deuses controlavam sua vida. Como resultado, este passava uma grande parte do seu tempo adorando-os. Haviam mais de vinte tipos de deuses e deusas e espíritos que eram cultuados a partir da noção de serem zeladores e preservadores de suas vidas, caso fossem tratados de modo correto.
O deus mais importante para os romanos era Júpiter, o rei dos deuses, que governava com sua esposa, Juno, a deusa do céu. Outros deuses importantes eram Marte, Mercúrio, Netuno, Jano, Diana, Vesta, Minerva e Vênus. Na verdade, eles haviam sido assimilados a partir da forte ligação que havia entre o mundo romano e a cultura helenística (de influência grega). Mas, com o passar do tempo, e a expansão do território romano, abrigando uma enorme diversidade de povos e culturas, vários outros elementos, costumes e divindades foram se somando à prática religiosa romana, como por exemplo, as divindades egípcias (com destaque para Ísis) ou persas (o culto de Mitra), ou mesmo as ideias filosófico-místicas dos neo-platonistas.
A religião romana tinha ainda duas faces distintas, porém complementares: havia um culto público, estatal, que exercia influência significativa sobre os acontecimentos políticos e militares, e outro de caráter privado, na qual o chefe de família supervisionava os rituais domésticos e orações. Haviam festivais, de certo modo parecidos com os desfiles, onde ocorriam oferendas, atos e sacrifícios. Ao mesmo tempo haviam as práticas religiosas realizadas pelas famílias, dentro de suas casas. Muitos lares tradicionais romanos contavam com santuários no qual um deus em particular era cultuado como protetor.
O reinado do primeiro imperador romano, Augusto, causou tanto impacto na sociedade romana, que, a partir dele, os imperadores começaram a ser venerados como divindades também. Foi aliás, essa ideia, amplamente apoiada pelo estado, que levou à feroz perseguição dos primeiros cristãos, pois estes se negavam a aceitar outro Deus além do seu (o imperador de Roma).
Com o passar do tempo, o impiedoso sistema de conquista e exploração romano contribuiu para que sua fé não respondesse às questões mais íntimas da maioria da população. O cristianismo, por exemplo, era mais eficiente como resposta a tais questões. Assim, aos poucos, o estado antes baseado em crenças helenísticas, foi aos poucos se tornando cristão, e a antiga religião acabou por ser extinta. O último imperador romano dedicado à preservação da religião romana foi Juliano, o Apóstata (contestador, transgressor, em grego - reinou entre 360 e 363). Seu cognome já dá uma ideia da influência da Igreja Católica, que assim o apelidou devido ao sustento de uma crença que já estava em ampla decadência.

Fonte: http://www.infoescola.com/historia/religiao-da-roma-antiga/

Roma - Processo de Formação

- Economia:

   





A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos. Tudo isso para facilitar as trocas comerciais entre as várias regiões.
Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo.
Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos, utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da Ásia e do norte da África.
O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império.
A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários.

Fonte : http://www.sohistoria.com.br/ef2/roma/p6.php


Roma-Sociedade Romana

Piramide Social


Composição da sociedade romana e características 

A sociedade romana se baseava numa organização social desigual, assim como muitas sociedades de civilizações antigas. Esta sociedade era estática, pois possuía pouca mobilidade social. Porém, no longo prazo, algumas camadas conquistaram direitos sociais, como foi o caso dos plebeus que, através de sua organização e luta adquiriram direitos políticos.

Além disso, havia muita tensão entre as classes sociais, originando muitas revoltas e conflitos.

A sociedade romana era dividida em cinco grupos sociais distintos:

- Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos, possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da população.

- Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuiam poucos direitos políticos e de participação na vida religiosa.

- Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio econômico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos e questões militares.

- Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária.

- Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono.


Fonte:http://www.suapesquisa.com/imperioromano/sociedade_romana.htm

Roma-Sistema de Governo

Sistema de governo Romano


O sistema governamental de Roma, passou por três fases:

- Monarquia

A forma de governo adotada em Roma até o século VI a.C. foi a Monarquia. Os romanos acreditavam que o rei tinha origem divina.
Esse período foi marcado pela invasão de outros povos (etruscos) que durante cerca de 100 anos, dominaram a cidade, impondo-lhe seus reis. Em 509 a.C., os romanos derrubaram o rei etrusco (Tarquínio - o Soberbo), e fundaram uma República. No lugar do rei, elegeram dois magistrados para governar.

- República

No início da República, a sociedade romana estava dividida em 4 classes: PatríciosClientesPlebeus e Escravos.
A decadência política, social e econômica, fez com que a plebe entrasse em conflito com os patrícios, essa luta durou cerca de 200 anos. Apesar disso, os romanos conseguiram conquistar quase toda a Península Itálica e logo em seguida partiram para o Mediterrâneo.
Lutaram mais de 100 anos contra Cartago nas chamadas Guerras Púnicas e em seguida, ocuparam a Península Ibérica (conquista que levou mais de 200 anos), Gália e o Mediterrâneo Oriental.
Os territórios ocupados foram transformados em províncias. Essas províncias pagavam impostos ao governo de Roma (em sinal de submissão).
As conquistas transformaram exército romano em um grupo imbatível.
A comunidade militar era formada por:
- Cidadãos de Roma, dos territórios, das colônias e das tribos latinas que também tinham cidadania romana
- Comunidades cujos membros não possuíam cidadania romana completa (não podiam votar nem ser votados)
- Aliados autônomos (faziam tratados de aliança com Roma)
Além do exército, as estradas construídas por toda a península itálica também contribuíram para explicar as conquistas romanas.
Os romanos desenvolveram armas e aperfeiçoaram também a técnica de montar acampamentos e construir fortificações.
A disciplina militar era severa e a punição consistia em espancamentos e decapitações. Os soldados vencedores recebiam prêmios e honrarias e o general era homenageado, enquanto que os perdedores eram decapitados nas prisões.
As sucessivas conquistas provocaram, em Roma, grandes transformações sociais, econômicas e políticas.
No plano social, o desemprego aumentou por causa do aproveitamento dos prisioneiros de guerra como escravos. A mão-de-obra escrava provocou a concentração das terras nas mãos da aristocracia (provocando a ruína dos pequenos proprietários de terras que foram forçados a migrar para as cidades).
Na economia, surgiu uma nova camada de comerciantes e militares (homens novos ou cavaleiros) que enriqueceram com as novas atividades surgidas com as conquistas (cobrança de impostos, fornecimento de alimentos para o exército, construção de pontes e estradas, etc).
Além disso, sociedade romana também sofreu forte influência da cultura grega e helenística:
- A alimentação ganhou requintes orientais
- A roupa ganhou enfeites
- Homens e mulheres começaram a usar cosméticos
- Influência da religião grega
- Escravos vindos do oriente introduziram suas crenças e práticas religiosas
- Influência grega na arte e na arquitetura
- Escravos gregos eram chamados de pedagogos, pois ensinavam para as famílias ricas a língua e a literatura grega
Essas influências geraram graves conseqüências sobre a moral: multiplicou-se a desunião entre casais e as famílias ricas evitavam ter muitos filhos.
Tais transformações foram exploradas pelos grupos que lutavam pelo poder e esse fato desencadeou uma série de lutas políticas. A sociedade romana dividiu-se em dois partidos: o partido popular (formado pelos homens novos e desempregados) e o partido aristocrático (formado pelos grandes proprietários rurais). Essas lutas caracterizaram a fase de decadência da República Romana.

- Império


Dois nomes sobressaíram durante o Império Romano: Julio César e Augusto.
Após vários conflitos, Julio César tornou-se ditador (com o apoio do Senado) e apoiado pelo exército e pela plebe urbana, começou a acumular títulos concedidos pelo Senado. Tornou-se Pontífice Máximo e passou a ser: Ditador Perpétuo (podia reformar a Constituição), Censor vitalício (podia escolher senadores) e Cônsul Vitalício, além de comandar o exército em Roma e nas províncias.
Tantos poderes lhe davam vários privilégios: sua estátua foi colocada nos templos e ele passou a ser venerado como um deus (Júpiter Julius).
Com tanto poder nas mãos, começou a realizar várias reformas e conquistou enorme apoio popular.
- Acabou com as guerras civis
- Construiu obras publicas
- Reorganizou as finanças
- Obrigou proprietários a empregar homens livres
- Promoveu a fundação de colônias
- Reformou o calendário dando seu nome ao sétimo mês
- Introduziu o ano bissexto
- Estendeu cidadania romana aos habitantes das províncias
- Nomeava os governadores e os fiscalizava para evitar que espoliassem as províncias
Em compensação, os ricos (que se sentiram prejudicados) começaram a conspirar.
No dia 15 de março de 44 a.C., Julio César foi assassinado. Seu sucessor (Otávio), recebeu o título de Augusto, que significava “Escolhido dos Deuses”. O governo de Augusto marcou o início de um longo período de calma e prosperidade.
Principais medidas tomadas por Augusto:
- Profissionalizou o exército
- Criou o correio
- Magistrados e senadores tiveram seus poderes reduzidos
- Criou o conselho do imperador (que se tornou mais importante que o senado)
- Criou novos cargos
- Os cidadãos começaram a ter direitos proporcionais aos seus bens. Surgiu assim três ordens sociais: Senatorial (tinham privilégios políticos), Eqüestre (podiam exercer alguns cargos públicos) e Inferior (não tinham nenhum direito).
- Encorajou a formação de famílias numerosas e a volta da população ao campo
- Mandou punir as mulheres adúlteras
- Estimulou o culto aos deuses tradicionais (Apolo, Vênus, César, etc)
- Combateu a introdução de práticas religiosas estrangeiras
- Passou a sustentar escritores e poetas sem recursos (Virgílio autor de “Eneida”, Tito Lívio, Horácio)
Quando chegou a hora de deixar um sucessor, Augusto nomeou Tibério (um de seus principais colaboradores).
A História Romana vivia o seu melhor período. A cidade de Roma tornou-se o centro de um império que crescia e se estendia pela Europa, Ásia e África.
Após a morte de Augusto, houve quatro dinastias de Imperadores:
Dinastia Julio-Claudiana (14-68): Tibério executou os planos deixados por Augusto. Porém, foi acusado da morte do general Germanicus e teve o povo e o Senado contra ele. Sua morte (78 anos) foi comemorada nas ruas de Roma. Seus sucessores foram Calígula (filho de Germanicus), Cláudio (tio de Calígula) e Nero. Essa dinastia caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Senado e os imperadores.
Dinastia dos Flávios (69-96): neste período, os romanos dominaram a Palestina e houve a dispersão (diáspora) do povo judeu.
Dinastia dos Antoninos (96-192): marcou o apogeu do Império Romano. Dentre os imperadores dessa dinastia, podemos citar: Marco Aurélio (que cultivava os ideais de justiça e bondade) e Cômodo que por ser corrupto, acabou sendo assassinado em uma das conspirações que enfrentou.
Dinastia dos Severos (193-235): várias crises internas e pressões externas exercidas pelos bárbaros (os povos que ficavam além das fronteiras) pronunciaram o fim do Império Romano, a partir do século III da era cristã.
Alguns fatores contribuíram para a crise do império: colapso do sistema escravista, a diminuição da produção e fluxo comercial e a pressão dos povos que habitavam as fronteiras do Império (bárbaros).
A partir do ano 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados (que tinham como principal objetivo combater as invasões).
Com a ascensão de Diocleciano no poder, em 284, o Império foi dividido em dois: Oriente (governado por ele mesmo) e Ocidente (governado por Maximiniano). Cada um deles era ajudado por um imperador subalterno – o César. Diocleciano acreditava que essa estrutura de poder (Tetrarquia) aumentava a eficiência do Estado e facilitava a defesa do território.Diocleciano tomou várias medidas para controlar a inflação.
Seu sucessor (Constantino) governou de 313 até 337.
Constantino legalizou o cristianismo e fundou Constantinopla – para onde transferiu a sede do governo, além de ter abolido o sistema de tetrarquia.
A partir do século IV, uma grave crise econômica deixou o Império enfraquecido e sem condições de proteger suas fronteiras, isso fez com que o território romano fosse ameaçado pelos bárbaros que aos poucos invadiram e dominaram o Império Romano do Ocidente formando vários reinos (Vândalos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-Saxões e Francos).
Em 476 (ano que é considerado pelos historiadores um marco divisório entre a Antiguidade e a Idade Média), o Império Romano do Ocidente desintegrou-se restando apenas o Império Romano do Oriente (com a capital situada em Constantinopla é também conhecido como Império Bizantino – por ter sido construído no lugar onde antes existia a colônia grega de Bizâncio), que ainda se manteve até o ano de 1453 quando Constantinopla foi invadida e dominada pelos turcos.
Durante toda a Idade Média, Roma manteve parte da sua antiga importância, mesmo com a população reduzida. Era apenas uma modesta cidade quando foi eleita capital da Itália em 1870.
A civilização romana deixou para a cultura ocidental uma herança riquíssima.
- A legislação adotada hoje em vários países do mundo tem como inspiração o Direito criado pelos romanos
- Várias línguas (inclusive o português) derivaram do latim falado pelos romanos
- Arquitetura
- Literatura

Fonte: http://www.infoescola.com/historia/roma-antiga-monarquia-republica-e-imperio/

Roma-Mito de Criação

Rômulo e Remo - A origem de Roma



Segundo a mitologia romana Rômulo e Remo são dois irmãos gêmeos, um dos quais, Rômulo, foi o fundador da cidade de Roma e seu primeiro rei. Conta a lenda, que Rômulo e Remo, eram filhos do deus grego Ares, ou Marte seu nome latino, e da mortal Réia Sílvia (ou Rhea Silvia), filha de Numitor, rei de Alba Longa.
Amúlio, irmão do rei Numitor, deu um golpe de estado, apoderou-se da coroa e fez de Numitor seu prisioneiro. Réia Sílvia foi confinada à castidade, para que Numitor não viesse a ter descendência. Entretanto Marte desposou Réia que deu a luz aos gêmeos Rômulo e Remo. Amúlio, rei tirano, ao saber do nascimento das crianças as jogou no rio Tibre. A correnteza os arremessou à margem do rio e foram encontrados por uma loba, que teria os amamentado e cuidado deles até que estes foram achados pelo pastor Fáustulo, que junto com sua esposa os criou como filhos. 
Rômulo e Remo e o  mito da fundação.
Quando Remo tornou-se adulto se indispôs com pastores vizinhos, estes o tomaram e levaram a presença do rei Amúlio que o aprisionou. Fáustulo revelou a Rômulo as circunstâncias de seu nascimento, este foi ao palácio e libertou ao irmão, matou Amúlio e libertou seu avô Numitor. Numitor recompensou os netos dando-lhes direito de fundar uma cidade junto ao rio Tibre. Os dois consultaram os presságios e seguiram até a região destinada a construção da cidade. Remo dirigiu-se ao Aventino e viu seis abutres sobrevoando o monte. Rômulo indo ao Palatino avistou doze aves, fez então um sulco por volta da colina, demarcando o Pomerium, recinto sagrado da nova cidade. Remo, enciumado por não ser o escolhido, zombou do irmão e, num salto, atravessou o sulco sendo morto por Rômulo, que o enterrou no Aventino.
Rômulo, após a fundação da cidade, preocupou-se em povoá-la. Criou o Capitólio um refúgio para todos os banidos, devedores e assassinos da redondeza. A notícia da nova cidade se espalhou e os primeiros habitantes foram chegando, principalmente Latinos e Sabinos. Rômulo, após longa batalha com os Sabinos, firmou acordo com Tito Tácio, seu rei e com este reinou sob uma só nação na grande cidade de Roma.
A Rômulo também é atribuído a instituição do Senado e das Cúrias.

Fonte: http://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/romuloeremo/

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Grecia Atual - Economia e Crise

Economia da Grécia Atual

Bandeira da Grécia

A economia capitalista é o modelo adotado pela Grécia atual em questões financeiras, sendo que as empresas governamentais contribuem para este modelo, com o setor de serviços em constante desenvolvimento. A indústria atinge 22% do PIB, assim como a agricultura, que antes era um dos focos da Grécia, baixou para somente 8% do que constitui a economia no local e o Produto Interno Bruto. O turismo também é um dos grandes enfoques da Grécia atual no setor econômico, sendo que, ainda em relação ao PIB, os visitantes e suas ações no local permitem gerar 15% das receitas. Por meio da União Europeia, a Grécia foi uma das mais beneficiadas economicamente, sendo que a região cresceu cerca de 3,3% visando as finanças e benefícios ao povo.

Crises Econômicas na Grécia

Greve geral  Grécia


Uma das crises econômicas da Grécia de maior destaque está sendo promovida no momento, sendo que o setor econômico é drasticamente afetado pelas altas dívidas que foram geradas por meio do setor público. O auxílio econômico, disponibilizado por outros países da União Europeia, não contribuiu para o aumento do PIB, sendo que o crescimento das taxas de desemprego e até mesmo em questão da credibilidade frente ao mercado internacional somente agravam a situação econômica da região.

Mesmo com os planos de ajuda econômica aprovados pela União Europeia, o país amarga queda no PIB, aumento do desemprego e falta de credibilidade no mercado internacional. O forte plano de ajuste fiscal vem sofrendo grande oposição popular, pois implica em redução de gastos públicos relacionados a, principalmente, direitos trabalhistas. Bancos, indústrias e até o setor de turismo estão sofrendo com a crise. A possibilidade da Grécia sair da Zona do Euro ainda existe. A crise grega tem estrapolado as fronteiras do país, atingindo, principalmente, os países integrantes da União Europeia.

Porém pesquisadores e a Comissão do pais, aponta que a economia grega voltará a crescer a partir de 2015, com quedas da taxa de desemprego e diminuição da divida externa de Atenas.

Ref.: Sua Pesquisa (http://www.suapesquisa.com/paises/grecia/economia_grecia_atual.htm);
Revista Exame (http://exame.abril.com.br/economia/noticias/economia-grega-voltara-a-crescer-em-2014);
Meuportal.net (http://www.meuportal.net/a-economia-da-grecia/).

Grécia atual - Pontos Turisticos

As principais atrações turisticas da Grecia



A Grecia, possui grandes riquezas historicas e culturais. Templos, construções, Obras, paisagens naturais, entre outras muitas atrações, fazem da Grécia um ótimo pais para se visitar.

Acrópoles, Atenas







Santorini, ilha ao sul do mar Egeu










Ágora Antiga de Larissa, Larissa







Porto de Pátras, Pátras







Templo de Zeus Olimpico, Atenas








Ref.: Sua Pesquisa (http://www.suapesquisa.com/paises/grecia/pontos_turisticos_grecia.htm)
Mega Curioso (http://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/42511-confira-os-arredores-de-15-pontos-turisticos-superfamosos.htm)

domingo, 28 de setembro de 2014

Mitos, Deuses e Heróis - Dionisio, deus do vinho



Baco
Baseado no livro Mitologia História de Deuses e Heróis, Baco ou Dionísio era filho de Júpiter e Sêmele. Querendo vingar-se de Sêmele, Juno assumiu a forma da velha ama daquele, Béroe, e insinuou-lhe dúvidas no espírito, quanto ao fato de ser o próprio Jove o seu amante. Dando um suspiro, disse:

  - Espero que seja mesmo, mas não posso deixar de duvidar. Nem sempre as pessoas são quem dizem ser. Se ele é, na verdade, Jove, faze-o dar uma prova disso. Pede-lhe para vir vestido com todo o seu esplendor, tal como anda no céu. Assim, acabará qualquer dúvida.
    Sêmele deixou-se persuadir. Pediu um favor a Jove, sem dizer qual era e o deus prometeu satisfazê-lo, jurando pelo Rio Estige, juramento que os próprios deuses jamais se atreveriam a violar. Sêmele fez, então, o pedido. O deus queria impedi-la de terminar, mas ela falava muito depressa. As palavras saíram, e Júpiter não poderia deixar de cumprir a promessa. Profundamente abatido, deixou Sêmele e voltou às regiões celestiais. Ali envergou as vestes esplendorosas, não aquelas que ostentavam todos os horrores, como as que usara para enfrentar os gigantes, mas as que são conhecidas entre os deuses por vestes menores. Assim vestido, entrou nos aposentos de Sêmele. O corpo mortal da jovem não pôde enfrentar os esplendores da radiação imortal. Ela transfomou-se em cinzas.

   Jove entregou Baco às ninfas niseanas, que dele cuidaram durante a infância e foram recompensadas pelo deus, que as colocou entre as estrelas como Híades. Quando se tornou homem, Baco descobriu a cultura da vinha e o meio de extrair da fruta o precioso suco; Juno, porém, tornou-o louco e fez com que ele vagasse por várias partes da Terra. Na Frígia, a deusa Réia curou-o e instruiu-o em seus ritos religiosos, e ele atravessou a Ásia, ensinando os povos a cultivar a vinha. O episódio mais famoso de suas viagens foi a expedição à Índia, onde ficou durante vários anos. Voltando triunfalmente, tratou de introduzir seu próprio culto na Grécia, mas contou com a oposição de alguns príncipes, recuosos da desordem e loucura que o mesmo provocava. 

  Ao aproximou-se de sua terra natal, Tebas, o Rei Penteu, que não respeitava o novo culto, proibiu a excursão de seus rituais. Quando se soube, porém, que Baco se aproximava, homens e mulheres, principalmente as últimas, velhos e jovens, correram a recebê-lo e participar da marcha triunfal.

Em sua "Canção de Brinde", Longfellow assim descreve a marcha de Baco:

Dos faunos o cortejo alegre e rude
Rodeia Baco, cuja fonte a hera
Cinge, como a Apolo, e a quem espera,
Como a Apolo, a eterna juventude.
Em torno ao jovem deus, lindas bacantes,
Címbalos, tirsos, plantas carregando,
Da embriaguez se mostram presa, quando
Bem alto entoam versos delirantes.



Foi em vão que Penteu censurou, ordenou e ameaçou.
- Ide procurar o chefe dessa desordem, esse vagabundo, e trazei-o até aqui - ordenou ele a seus servos.- Não hei de tardar a fazê-lo confessar a falsidade de sua pretensão de ter origem divina e a obrigá-lo a renunciar a seu falso culto.
   
   Foi em vão que seus amigos mais íntimos e conselheiros mais sensatos procuraram impedi-lo de contrariar o deus. Suas censuras apenas serviram para torná-lo mais violento.

   Já haviam voltado, porém, os servos que mandara aprisionar Baco. Haviam sido rechaçados por seus companheiros, mas conseguido fazer prisioneiro um deles, que, com as mãos amarradas atrás das costas, foi apresentado ao rei.

  - Serás morto sem demora, para que teu destino sirva de advertência aos outros! - Exclamou Penteu, encarando-o furioso. Embora me repugne adiar tua morte, porém, fala, dize-nos quem és e em que consistem esses novos ritos que pretendeis celebrar.

   - Chamo-me Acetes e sou natural de Meônia - replicou o prisioneiro, sem se atemorizar.
 - Meus pais eram pobres, não tinham terras ou rebanhos para deixar-me como herança, mas deixaram seus caniços e redes e sua profissão de pescador. Trabalhei nela durante algum tempo, até que, enfadado de viver no mesmo lugar, aprendi a arte da pilotagem e como guiar o curso pelas estrelas. Aconteceu que, velejando para Delos, tocamos na Ilha de Dia, e lá desembarcamos. Na manhã seguinte, mandei os marinheiros buscarem água de novo, enquanto eu subia ao morro, a fim de observar o vento. Ao regressarem, os marinheiros trouxeram um menino de aparência delicada, que haviam encontrado adormecido. Julgaram-no um jovem nobre de um rei, e imaginaram que poderiam obter, por seu resgate, uma quantia apreciável. Observei suas vestes, seu rosto, seu modo de andar e percebi que havia neles algo superior aos mortais. "Não sei que deus está escondido sob estas formas, mas sem dúvida é um deus" - disse eu aos meus homens. "Perdoa-nos, gentil divindade, a violência que lhe fizemos, e faze que nossa empresa tenha êxito." Dicto, um dos meus melhores marinheiros para subir aos mastros e descer pelas cordas; Melanto, meu timoneiro, e Epopeu, o chefe da tripulação, exclamaram ao mesmo tempo: "Guarda para nós tuas preces". Tão cega é a sede de lucro! Quando quiseram levar o rapazinho para bordo, eu me opus. "Este navio não será profanado por tal impiedade", disse eu. "Tenho nele maior parte que qualquer de vós". Mas Lícabas, um indivíduo turbulento, agarrou-me pelo pescoço, tentando atirar-me fora do barco e mal consegui salva-me subindo pelos cabos. O resto da tripulação aprovou a resolução.
   Então, Baco (pois era realmente ele), como que pondo de lado o torpor, exclamou:
"O que estais fazendo comigo?Que quer dizer essa luta? Para onde me levais?". Um dos homens respondeu: "Não receis coisa alguma; dize-nos onde queres ir e nós te conduziremos para lá." -"Naxos é minha terra natal-respondeu baco.-Levai-me para lá, e serais bem recompensados. "Os homens prometeram fazer isso e disseram-me para levar o barco rumo a Naxos. Naxos fica à direita e eu estava manobrando velas para tomarmos aquela direção, quando alguns dos homens por sinais e outros por palavras sussurradas deram-me a entender que eu deveria tomar a direção oposta e levar o menino para o Egito, a fim de vendê-lo como escravo. Irritado, exclamei: "Que o outro conduza o navio." E afastei-me, para não tomar parte daquele ato de baixeza. Os marinheiros insultaram-me, e um deles exclamou:"Não, te vanglories, pois dependes de nós para tua segurança." E, tomando o lugar de piloto, afastou-se de Naxos.

   Então o deus, fingindo que acabara de tomar conhecimento da traição, olhou o mar e disse, com voz de choro:
   - Marinheiros, estas praias não são aquelas aonde prometestes levar-me; aquela ilha não é a minha pátria. Que fiz eu para merecer de vossa parte tal tratamento? será uma glória mesquinha essa que conquistareis, iludindo o próprio menino.

   Chorei ao ouvi-lo, mas os marinheiros riram-se de nos ambos e impeliram o navio sobre o mar. De repende, a nau parou no meio do mar como se tivesse ficado presa ao solo. Atônitos, os homens impeliram seus remos e soltaram mais as velas, tentando avançar com a ajuda de ambos, mas tudo em vão. Uma hera enroscou-se nos remos, impedindo seu movimento, e agarrou-se às velas, com pesados cachos de suas frutas. Uma vinha, carregada de uvas, subiu pelo mastro e ao longo do casco do navio. Ouviu-se um som de flautas, e o cheiro agradável de vinho espalhou-se em torno. O próprio deus trazia à cabeça uma coroa de folhas de parra e empunhava uma lança enfeitada de hera. Tigres deitavam-se aos seus pés e as formas ágeis de linces e panteras brincavam em torno dele. Os homens foram tomados de terror ou loucura; alguns se atiraram para fora do barco; outros, ao se prepararem para fazer o mesmo, viram os companheiros transformarem-se ao atingir a água: seus corpos achatavam-se e terminavam numa cauda retorcida.

  -Que milagre é esse?-exclamou um deles.

  E, enquanto falava, sua boca alargou-se as narinas dilataram-se e escamas cobriram-lhe todo o corpo. 
  Outro, tentando empurrar o remo, sentiu as mãos encolherem e tornaram-se, de súbito, nadadeiras. Um terceiro, ao erguer o braço para agarrar uma corda, percebeu que já não tinha braços e, recurvando o corpo multilado, atirou-se ao mar. O que fora suas pernas transformou-se nas duas extremidades de uma cauda em forma de crescente.

  "Toda tripulação metarmofoseou-se em golfinhos e ficou nadando ao redor do navio, ora à superfície, ora embaixo dele, atirando jatos de água através das grandes narinas. Dos vinte homens, apenas eu restava, trêmulo de medo. O deus animou-se:
   - Nada receis - disse. Navega em direção a Naxos.

Obedeci e, quando ali cheguei, dirigi-me aos altares e celebrei os sagrados ritos de Baco."
   -Já perdemos bastante tempo com esta história tola! -exclamou Penteu, interrompendo a narrativa.- Levai-o e executai-o, sem demora.
   Acetes foi levado pelos servos e encerrado na prisão. Quando, porém, eram preparados os instrumentos da execução, as portas da prisão abriram-se sozinhas, caíram as cadeias que prendiam os membros de Acetes e, quando o procurarem, ele não mais foi encontrado em parte alguma. Penteu não se deu por vencido, mas, em vez de mandar outros, resolveu ir em pessoa à cena das solenidades. O Monte Citéron estava repleto de adoradores do deus e os gritos da bacanal ressoavam por todos os lados. O ruído provocou a ira de Penteu como o som de uma trombeta torna fogoso um cavalo de guerra, um corcel de combate. Penetrando no bosque, o rei chegou a uma clareira, onde viu diante dos olhos a cena principal das orgias. As mulheres viram-no ao mesmo tempo, e destacava-se entre elas sua própria mãe, Agave, cegada pelo deus e que gritou:
  - Ali está o Javali, o maior monstro que anda por estes bosques! Vamos, irmãs! Serei a primeira a ferir o Javali.
   O bando inteiro avançou contra Penteu e ele, mostrando-se menos arrogante, ora se desculpa, ora confessa o crime e implora perdão, é acossado e ferido. Em vão implora aos gritos às tias que protejam contra sua mãe. Autônoe agarra-o por um braço, Ino pelo outro e, entre as duas, ele é despedaçado enquanto a mãe gritava:
  - Vitória!Vencemos, a glória é nossa!
Assim foi estabelecido, na grécia, o culto de Baco.


Referência O livro de ouro da Mitologia - História de Deuses e Heróis / Thomas Bulfinch