terça-feira, 19 de agosto de 2014

Filósofos e Pensadores Gregos - Sócrates

A Filosofia Socrática

Biografia

Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 aC, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza  da alma humana.
Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.
Conhecemos seus pensamentos e ideias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos.


A Filosofia Socrática

"Conhece-te a ti mesmo" e "Sei que nada sei" são duas expressões que ninguém no pensamento ocidental jamais duvidou que fossem de Sócrates. Com elas, o homem, a Ética e o conhecimento surgem como as questões centrais da filosofia. E, desde Aristóteles, também ninguém constesta a pergunta socrática por excelência seja : "o que é...?"
Indo consultar o oráculo de Delfos, Sócrates ouve a voz (interior) do daímon, que lhe transmite a mensagem de Apolo :"Sócrates é o homem mais sábio entre os homens". Espantado, Sócrates procura os homens que julgava sábios (políticos e poetas, cuja função é ensinar e guiar os outros), consulta-os para que lhe digam o que é a sabedoria. Descobre, porém, que a sabedoria deles era nula. Compreende, então, o que daímon, lhe diz: "Agora já sabes por que és o mais sábio de todos os homens". Sócrates compreende, enfim, que nenhum homem sabe verdadeiramente nada, mas o sábio é aquele que reconhece isso. O início da sabedoria é, pois, "sei que nada sei".


O método socrático

O que diferenciava Sócrates dos sofistas, segundo Platão, era a tentativa de ultrapassar o relativismo e de alcançar a certa verdade absoluta, que permitisse a superação do desmoronamento crítico da política, da religião e da linguagem levado ao cabo pelos sofistas. Sócrates desmontava opniões que habitavam a mente de seus interlocutores para conduzi-los à reflexão e à elaboração de ideias com base racional sólida.

Na época Sócrates a tragédia grega conheceu grande desenvolvimento. E a essência dessa tragédia é uma espécie de teatro filósofo, no qual o mundo se faz presente sob um manto de ambiguidade e controvérsia. Por isso, tudo é discutível. Sob cada "presença" ou "aparência" pode-se encontrar um ser diferente do apresentado.

Essa oposição ser/não ser, verdadeiro/falso, realidade/aparência, opnião/saber, que constituía o mundo intelectual de Sócrates e dos sofistas, também aparece nas obras de Ésquilo, de Sócrates, de Eurípides. Esse jogo de equívocos que determina a tragédia e seus personagens (Édipo, Jocasta, Agamenon, Electra e Antígona, entre outros) marca a tensão do conhecimento, a dialética que une e desune as ideias dos personagens dos diálogos platônicos.


A Ética Socrática

O objetivo de Sócrates, segundo alguns autores, era educar o homem ( grego) a partir da constante busca e exercício do Bem, que dentro de uma cidade seria o Bem coletivo, a Justiça. Esse exercício e busca era chamado de areté, a excelência humana, a virtude.
A tradição grega ensina que os heróis eram aristoi, os melhores. Entretanto, as excelentes qualidades que possuíam deviam-se a seu nascimento, a dons especias dados como presente pelos deuses.
O questionamento de que a virtude pode ser aprendida como a matemática foi levantada devido as mudanças politicas e sociais do século V a.C.
Esse questionamento juntamente as ideias Sofistas moldou em Sócrates uma nova moral. Essa moral se construía em função da solidariedade e, principalmente da racionalidade.
A inteligencia, o bom senso e a harmonia dos desejos são as bases dessa sabedoria ética, baseada na experiencia concreta dos homens. Portanto, uma virtude que tem como fundamento a racionalidade pode, em consequência, ser ensinada.
Fontes: Dos pré-socráticos a Aristóteles  Marilena Chaui; Sua pesquisa (http://www.suapesquisa.com/socrates/); História da Filosofia- Enciclopédia do estudante.

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